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TDAH: Mitos e Realidades sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ainda é cercado de muitos equívocos. Seja por desinformação, julgamentos apressados ou até pelo estigma construído ao longo dos anos, o fato é que o TDAH costuma ser banalizado, trazendo consequências sérias para quem convive com o transtorno.

Neste artigo, vamos abordar as principais falas equivocadas que circulam sobre o TDAH e explicar, com clareza, o que ele realmente é. A ideia é ajudar a combater preconceitos e ampliar o entendimento sobre esse transtorno do neurodesenvolvimento que afeta crianças, adolescentes e adultos em diferentes aspectos da vida.

“Remédio é exagero.”

Essa é uma das frases mais comuns quando o assunto é tratamento do TDAH. Há quem acredite que o uso de medicação é sempre desnecessário ou até perigoso. No entanto, o tratamento medicamentoso é, sim, uma opção válida e eficaz em muitos casos.

A verdade: O uso de medicamentos pode ser parte de um plano de tratamento individualizado e responsável, que visa ajudar a pessoa a ter mais equilíbrio em sua rotina. A medicação, quando bem indicada e acompanhada por profissionais, contribui para o foco, a organização e o bem-estar do paciente.

“É desculpa pra não fazer as coisas!”

Nada mais injusto do que reduzir o TDAH a uma desculpa. Pessoas com esse transtorno não estão “se fazendo de vítimas” ou simplesmente “enrolando”. Elas enfrentam uma dificuldade concreta de iniciar e concluir tarefas, mesmo quando querem muito fazer isso.

A verdade: O TDAH afeta diretamente funções executivas do cérebro, como planejamento, organização e controle da impulsividade. Não se trata de má vontade, mas de um obstáculo real que exige compreensão e suporte adequado.

“É coisa de criança.”

Essa é uma visão ultrapassada que precisa ser superada com urgência. Sim, o TDAH costuma ser diagnosticado na infância, mas ele pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, inclusive na fase adulta.

A verdade: Adultos com TDAH também podem apresentar sintomas como desatenção, inquietação, impulsividade e dificuldades na gestão do tempo. Esses desafios impactam relacionamentos, carreira, autoestima e saúde mental de forma significativa.

“Todo mundo tem um pouco!”

Essa frase pode parecer inofensiva, mas na prática ela diminui a seriedade do transtorno. Todos nós podemos ter momentos de distração ou agitação, especialmente em um mundo repleto de estímulos, mas isso não significa que todos tenham TDAH.

A verdade: O TDAH não é sobre “um pouco de distração”, ele é um transtorno neurobiológico que afeta a funcionalidade da pessoa em diferentes contextos e exige diagnóstico clínico criterioso. Comparar sintomas leves com o transtorno real desinforma e invisibiliza quem sofre com isso.

“É moda.”

Essa fala, além de errada, é perigosa. Reduzir o TDAH a uma “modinha” reforça o preconceito e invalida o sofrimento real de quem convive com o transtorno.

A verdade: O TDAH é um transtorno muitas vezes invisível, porque seus sintomas nem sempre são compreendidos por quem está de fora. E justamente por ser mal interpretado, ele ainda enfrenta um grande estigma social. Mais pessoas têm recebido diagnóstico hoje não porque “está na moda”, mas porque o acesso à informação e à saúde mental vem melhorando.

O papel da informação na conscientização

Combater os mitos sobre o TDAH é uma missão essencial. A desinformação não apenas atrasa diagnósticos como também dificulta o acolhimento e o tratamento adequado. Quando o transtorno é tratado com responsabilidade, empatia e conhecimento, é possível transformar trajetórias.

No Centro de Reabilitação Neurológica Matheus Alvares (CMA), acreditamos que informação de qualidade salva vidas e transforma realidades. Nosso trabalho é oferecer suporte multidisciplinar, com equipe preparada para acolher cada indivíduo em sua singularidade, respeitando sua história e seus desafios.

Se você ou alguém que você ama está enfrentando dificuldades relacionadas à atenção, hiperatividade ou impulsividade, busque orientação. O caminho pode ser desafiador, mas você não está sozinho.

Compartilhe esse texto com amigos, familiares e colegas. Quanto mais pessoas estiverem bem informadas, menos espaço haverá para preconceitos. 

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